quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Arroubos

No quarto os arroubos de um amor ficaram
Marcas no lençol, tão periciais
delatam-te as coxas sobre a cama
Rastejando os joelhos com impiedade

Os cacos no chão denunciam-te a torpeza,
O furor de roubar o berço só para ti,
Jogando para fora tudo o que não fosse nós

O vermelho úmido no piso me faz lembrar teus lábios
macios e desejosos
Aquela flor quente latejando de prazer

E tudo mais que por aqui há,
Lembra loucura, convulsão, suor
Calor, gemidos, desejos
Até o fenecer dos corpos no espelho

4 comentários:

  1. Belo poema. És uma garota encantadora

    ResponderExcluir
  2. adorei o seu blog! estou seguindo!
    conheça o meu tbm:
    http://criativatransgressao.blogspot.com.br/
    bjo

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  4. quer dizer que se passar o CSI ai, nesse quarto...

    ResponderExcluir