Pés no chão sem asfalto
Casa de barro
Cor de sangue e suor
Anêmico, decadente
Faminto e desnutrido,
Sou cidadão do Mundo
Imundo
Sem nome de papel passado
João, José, Maria...
Pão passado (?)
Quem me dera...
Um futuro (?)
Deus quem sabe
Só fazendo dessa terra
Meu almoço, meu jantar
Panela também falta
Menos peso prêsse lombo
Que de fome vai quase parando
Cidadão do Mundo
Mundo de fronteira
Porque sertão não tem barreira
Meus cascos no chão
Meu saco nas costas
Vou-me embora prôtro mundo
Sem lágrima pra chorar
Deixo aqui a minha gente
Minha música,
Minha história
Que um “home” vai botar num livro
Cheio de letra e de figura
Pra ler numa sala fria e numa cadeira macia...
Só não entendo, meu Deus,
Por que pra eles,
Minha Dor é cultura
Fantástico. Estou apaixonado pela sua escrita. Sem palavras para de elogiar
ResponderExcluirSó uma curiosidade? Quais autores mais te influênciaram?
Att.