sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A Fada

Como uma fada sensual embalada pelo ritmo do vento, ela nascia
Suas asas sangravam enquanto ela lavava minhas vestes de lágrima
Flutuava seu corpo sobre a minha cabeça
Gritavam as aves da noite

Como uma bruxa sensual ela vinha
Não embalada mais, mas fazia de seu próprio ritmo a tempestade
Efusiva, cantava ao meu ouvido
As notas obscuras que saiam do pecado
Gritavam as aves da noite

Como um canivete a rasgar-me o pulso, sentia leve o fado de seu corpo
Era como pisar em cacos e ter letargia
Como uma bruxa, minha fada crescia
Me sufocava de agonia
E morríamos antes que se tornasse dia

2 comentários:

  1. isso é resultado da leitura de Marques de Sade?

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  2. Não, Anônimo. Quando escrevi nunca tinha lido Marquês de Sade .. e se o tiveres lido além dos resumos de internet não verás tantas semelhanças ..

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